: Escrevo não porque sei, mas por gosto e impulso... E assim escrevo errado mesmo...

(E o conteúdo deste blog que não consta fonte, é de minha autoria...)

segunda-feira, 5 de agosto de 2019

A Comunidade de Bom Jesus de Pé de Serra

Na experiência vivida e contada por Méria Ramos Carneiro (Dona Meri)


Em 1960, quando casei com meu esposo, Valdemar, que já morava na Zona Rural de Pé de Serra, viemos morar no então Povoado Pé da Serra e eu comecei a frequentar e participar da Igreja Católica.
Nessa época quem ficava à frente da Igreja e conduzia as celebrações era meu Tio Romão Carneiro e sua família.
 
As celebrações que já aconteciam eram:
  • Festa de Cristo Rei: novena, missa, procissão – Janeiro;
  • Quaresma – Reza do terço, Ofícios de Nossa Senhora e da Paixão, Via Sacra;
  • Mês de Maria – Maio;
  • Trezena de Santo Antônio – 1 a 13 de junho;
  • Festa de Bom Jesus: novena, missa, procissão – Agosto;
  • Mês do Rosário: reza do terço – Outubro;
  • Mês das Almas: reza do terço – Novembro.
  • Missas, em média a cada 02 (dois) meses, dias de semana, à tarde, e o Padre mandava avisar com antecedência para divulgação.
No ano de 1965, eu pedi ao Padre Osvaldo para realizar Procissões de Encontro na quarta feira da semana santa, e a de Senhor Morto na sexta feira da paixão. E isso foi continuado.
 
Em 1973, quando Seu Tavinho, que era administrador do cemitério se aposentou, meu esposo assumiu a administração do cemitério e a chave da Igreja veio como parte do pacote: para se fazer um enterro precisava passar na Igreja, então quem administrava o cemitério, também administrava a Igreja. Então nós passamos a conduzir as atividades da Igreja que inicialmente tudo ficou igual.

No ano de 1983, o Padre Geraldino deixava um pacotinho com uns 05 (cinco) folhetos da celebração Culto Dominical, eu interessei-me e comecei a celebrar os Cultos inicialmente com as legionárias, após a reunião da Legião de Maria. Com o tempo, as pessoas foram divulgando e se aproximando dessas celebrações.
Nesses folhetos também havia as Celebrações de parte do Calendário Litúrgico e assim começamos a celebrar a Semana Santa - Ramos, Santa Ceia e Lava Pés, Paixão do Senhor e Vigília Pascal. Também Natal e Ano Novo e outras datas celebrativas.
Também passamos a ter missas dominicais a cada 1° domingo de cada mês.
 

Em 1987 o Padre Severino instituiu aqui o Ministério da Comunhão Eucarística e os Cultos passaram a ter distribuição da Comunhão. As primeiras Ministras da Comunhão fomos eu e D. Tuzinha.
 

No ano de 1988, começou a ter Celebrações da Missa da Ceia para se fazer a Transladação do Santíssimo Sacramento e se deixava uma grande quantidade de Hóstias para serem utilizadas nos Cultos da Sexta da Paixão, Sábado Santo e Domingo de Páscoa, que só tinha missa quando coincidia com o primeiro domingo do mês.
Ainda em 1988, insisti para que fosse celebrada uma festa de Corpus Christi o que foi tão bem participada que a partir daí passamos a ter essa festa todos os anos.
 

No ano de 1990, com o grande apoio de minha filha mais velha, Da Paz, conseguimos realizar uma Crisma com um número enorme de crismandos visto que a última Crisma acontecera aqui há quase 20 (vinte) anos. Na oportunidade, estando na minha casa com o Bispo de Feira de Santana (nossa diocese da época), Dom Silvério, eu o questionei o que fazer para tornar-nos Paróquia. Ele me respondeu que teríamos que ter uma dimensão social que viria através do Dízimo.
 

Então em 1992, eu sugeri ao Padre Geraldino que fosse instituído o Dízimo e assim foi feito.
 

Em 1993 pedi também ao Padre Geraldino, que nos enviasse um Padre para celebramos a Semana Santa inteira e tivemos o saudoso Padre Silvino conosco do Domingo de Ramos até o Domingo de Páscoa. E assim foi continuado até então...
 

Mais ou menos em 1996, o Padre Silvino vindo de uma CEB Rural, ao passar aqui em Pé de Serra a noite, surpreendeu-se com a Igreja lotada apenas para um Culto Dominical, constatou que havia mais gente do que numa habitual missa à tarde e decidiu que as missas dominicais ainda mensais seriam a noite, e que sempre que um dos padres passasse para uma missa domingo a tarde em alguma CEB Rural celebraria a noite em Pé de Serra. Assim tínhamos mais de uma missa dominical por mês e no mesmo horário dos Cultos Dominicais.
 

Em 1997, por motivos pessoais deixei de ser Ministra, saí da “liderança” da Igreja e entreguei a chave.
Mas recordo-me que o Padre Roberto em sua primeira vez como Pároco nos concedeu Missas todo domingo à noite e que Padre Lino, por causa da estrada mudou o horário das Missas para manhã...

Méria e Valdemar na noite de 22 de Maio de 2015.
Última comemoração de aniversário de casamento deles, 55 anos
e que sempre celebraram dessa maneira.

Elaborei esse texto em abril de 2018, juntamente com Ela (Méria) para atender uma pesquisa solicitada pela professora Rita De Cassia Almeida. Originalmente era em perguntas e respostas e agora eu o transformei no que está.
Anita Garibalde Ramos Carneiro.
Orgulhosamente, filha de Dona Meri, juntamente com Antonio J Carneiro Carneiro, Maria Da Paz Ramos Rodrigues, Magnólia Ramos Carneiro Almeida, Roque Dário Ramos Carneiro, #InesFrancyRamosCarneiro e Marta Angela Ramos Carneiro.
Hoje, a Comunidade de Bom Jesus, é a Paróquia Bom Jesus da Diocese de Serrinha-BA.



@anita_carneiro - Anita Garibalde Ramos Carneiro
Publicado originalmente em 29 de novembro de 2018

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